[...] Translators just didn't get recognition, they didn't expect to make much of a living, just get by. Very few people were actually trained as translators, but most had a solid college education and a solid knowledge of languages, at least their own language. I had a friend who fell exactly into that category and my circle of friends expanded to include other translators. I found them to be much more interesting as people, and discovered that we often had similar life experiences. I never had trouble making friends, but I always felt "different" and I'm sure they felt it too. When my friend retired, she recommended me as her replacement. I now entered the realm of Reinsurance, of which I knew nothing. I was also the only translator there, and didn't have much to fall back on. However, it was another notch up....
On my new job, I started looking through the files, asking questions and got the company to enroll me in Insurance courses. The College of Insurance was across the street, and I consulted fire codes, insurance policies and fire extinguisher catalogs in their library. I was learning what I had never had the luxury of being able to do before: research. The first time I had to translate a proposal for purposes of insurance of a nuclear plant, I got a call from the head man in that department, congratulating me on the job I had done. "Compares favorably with what we are used to," he said. What an upper! What happened was that I consulted a document in the files similar to the one I was tackling for guidance, but when I saw that my predecessor had used the word "nucleus" instead of "core", I realized that the files were useless to me. I went across the street to the library and looked up "nuclear plants." I immediately found all the terminology I needed.
It takes a great deal more than that to be a good translator these days, of course. [...] | 31st translation contest: "A translator's life" English>Portuguese – From: "Reflections from a translator's life" by Susana Greis […] Os tradutores não são reconhecidos, eles não esperam ganhar muito dinheiro, mas simplesmente sobreviver. Na verdade, muito poucas pessoas foram treinadas para serem tradutoras, mas a maioria recebeu uma sólida formação universitária e um conhecimento efetivo de línguas, pelo menos do seu próprio idioma. Eu tinha uma amiga que se encaixava perfeitamente nesse perfil e meu círculo de amigos foi aumentando para incluir outros tradutores. Acho que eles são pessoas muito mais interessantes e descobri que, frequentemente, nós tivemos experiências de vida parecidas. Nunca tive dificuldade para fazer amigos, mas sempre me senti “diferente” e tenho certeza de que eles tinham o mesmo sentimento. Quando minha amiga se aposentou, ela me recomendou para substituí-la. Assim, entrei no reino do “resseguro”, do qual eu nada sabia. Além disso, eu era a única tradutora lá e não tinha muito a quem recorrer. No entanto, foi mais uma conquista… Comecei no meu novo emprego analisando os arquivos, fazendo perguntas e também consegui que a empresa me inscrevesse em cursos de seguros. A Faculdade de Seguros ficava do outro lado da rua e eu consultava códigos de incêndio, apólices de seguros e catálogos de extintores de incêndio na sua biblioteca. Estava aprendendo o que nunca havia me dado ao luxo de fazer antes: pesquisar. A primeira vez que tive de traduzir uma proposta de seguro de uma usina nuclear, recebi um telefonema do chefe desse departamento me parabenizando pelo trabalho realizado. “Um trabalho superior ao que estamos acostumados”, disse ele. Que superior! O que aconteceu foi que, ao consultar nos arquivos um documento semelhante ao que eu estava trabalhando para servir de orientação, vi que minha predecessora havia usado a palavra “centro” em vez de “núcleo”. Percebi, então, que os arquivos seriam inúteis para mim. Atravessei a rua até a biblioteca e pesquisei por “usinas nucleares”. Encontrei imediatamente toda a terminologia que precisava. É claro que, hoje em dia, é necessário muito mais do que isso para ser um bom tradutor. […] |